sexta-feira, 5 de março de 2010

Especial Oscar III


Na categoria de melhor atriz coadjuvante, o Oscar 2010 traz alguns nomes novos para a premiação – este, certamente, não é o caso da atriz espanhola Penélope Cruz. Indicada por seu papel no musical “Nine”, Cruz já é uma velha conhecida do homenzinho dourado, que faturou ano passado ao emprestar seu talento para a instável pintora de “Vicky Cristina Barcelona”.



O filme “Amor sem Escalas” (Up in the Air), indicado a seis Oscars,emplacou duas atrizes muito diferentes nesta categoria. De um lado está Vera Farmiga, indicada pela primeira vez, que lida bem com seu papel de interesse amoroso de George Clooney, quase como uma versão masculina do personagem do ator. Farmiga confere certo senso de verossimilhança a sua personagem com uma atuação real.

A desafiante do mesmo filme é a novatíssima Anna Kendrick, recentemente vista em “Lua Nova” (New Moon). A jovem atriz com pouquíssimos filmes no currículo, chamou atenção no circuito, abocanhando vários prêmios de revelação do ano e indicações às principais premiações. Como uma jovem recém contratada que tenta revolucionar a forma como sua empresa trabalha, Kendrick cumpre seu papel com incrível fidelidade. Os toques de perfeccionismo, o jeito “certinho” e focado da personagem são retratados perfeitamente por pequenos gestos, movimentos e expressões da atriz – aparentando um mínimo de esforço.

Por sua inexperiência e por ainda estar em início de carreira, Anna Kendrick, infelizmente, conta com poucas chances no domingo. Mas apenas o fato de ter chegado onde chegou tão rapidamente já é uma vitória para a talentosa atriz.



A consolidada Maggie Gyllenhaal também concorre ao seu primeiro Academy Award, por “Coração Louco”. Ainda que tenha tido que dividir com Julianne Moore, de “Direito de Amar” (A Single Man), as vagas nas indicações da temporada, Gyllenhaal é parte importante do filme ao dar vida à jornalista responsável pela volta de inspiração de um cantor de country. Sua atuação é sólida e doce, mas sua força não deverá ser suficiente para subir ao palco do Kodak Theatre este ano.

Tal honra já deve estar reservada para Mo’Nique. A quinta indicada varreu todos os prêmios da categoria, incluindo o Globo de Ouro e o Screen Actors Gulild. Mo’Nique encontrou na mãe da protagonista de “Preciosa” (Precious: based on the novel Push by Sapphire) o papel mais importante de sua vida – e não é para menos. A maldade da personagem é expressada pela atriz sem piedade e de forma quase bruta, encaixando-se perfeitamente no papel.

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